Energia dos oceanos

A energia dos oceanos pode ser aproveitada para produzir energia elétrica. Existem várias formas de aproveitar a energia dos oceanos: a energia das ondas, a energia das marés, a energia dos gradientes térmicos[1] dos oceanos, a energia das correntes oceânicas e a energia dos gradientes de salinidade. Destas cinco formas de energia, só a energia das marés e das ondas foram aproveitadas em alguns casos, registando-se no entanto alguns desenvolvimentos recentes relativos ao aproveitamento da energia dos gradientes térmicos dos oceanos.

A energia das marés resulta da subida e descida do nível das águas do mar. À diferença entre o valor mais alto e o mais baixo chama-se amplitude. O aproveitamento da energia das marés é feito através da construção de diques ou barragens (semelhantes aos aproveitamentos hídricos), que se enchem quando a maré sobe, sendo depois esvaziados quando a maré vaza. A passagem da água faz rodar uma turbina que por sua vez aciona um gerador e produz energia elétrica. Algumas baías, pela sua forma, aumentam a amplitude das marés. No Mundo, existem duas dezenas de lugares em que as amplitudes das marés excedem a dezena de metros e é nestes locais que o aproveitamento desta forma de energia é economicamente viável.
A energia das ondas aproveita o movimento oscilatório das ondas para produzir energia mecânica que é transformada em energia elétrica. As ondas resultam da ação do vento sobre a superfície dos oceanos. Existem diversas formas de aproveitar a energia do movimento oscilatório das ondas, sendo três as principais:
1) Através de corpos flutuantes que adquirem um movimento oscilatório e o transmitem a um veio que aciona um alternador/gerador e produz energia elétrica.
2) Através do enchimento de uma coluna d’água e subsequente esvaziamento, que comprime uma massa se ar que se expande numa turbina, provocando o movimento desta, que por sua vez aciona um alternador/gerador produzindo energia elétrica.
3) através da elevação da água através de uma coluna até um reservatório a um nível superior, sendo em seguida o aproveitamento semelhante à energia hídrica.

[1] Um gradiente consiste numa função vetorial, cujos componentes são os derivados parciais da função de n variáveis reais no ponto considerado e cuja direção e sentido é do crescimento máximo da função no ponto considerado.
Um gradiente de temperatura, também designado por gradiente térmico, é utilizado em meteorologia e pode ser definido como a diminuição da temperatura do ar com a altitude, em geral 0,6 ºC por cada 100 m.

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