Energia hídrica

A energia hídrica é uma das formas de energia que começou a ser utilizada há mais tempo. Com efeito, as antigas civilizações tiravam partido da morfologia do terreno para elevar a água e utilizá-la posteriormente na agricultura, em terrenos de regadio.
Os Romanos utilizavam a roda d’água e a nora (Aparelho para tirar água dos poços, cisternas, rios, etc.,. cuja peça principal é uma grande roda de madeira em volta da qual passa uma corda a que estão presos a uma ânfora ou uma mó) para moagem dos cereais, sistemas que vieram a ter grande utilização mais tarde. Já no século XX, a energia hídrica começou a ser aproveitada para produção de energia eléctrica.

A energia hídrica provém da água dos rios em movimento. O movimento ou a queda da água contém energia cinética que pode ser aproveitada como fonte de energia. Atualmente, a grande maioria do aproveitamento da energia hídrica tem por finalidade a produção de energia elétrica nas chamadas centrais hidroelétricas. Estas centrais necessitam geralmente da construção de barragens, podendo a energia hídrica resultar da queda d’água ou do seu movimento horizontal (caudal). A energia cinética da água é convertida em trabalho mecânico ao passar por uma turbina hidráulica, a qual associada a geradores alternadores, produz energia elétrica.
Os grandes aproveitamentos hídricos, que envolvem a construção de grandes barragens, e que ainda não foram realizados, deparam-se com grandes obstáculos à sua concretização. Sobretudo devido aos impactos ambientais e sociais que podem causar, devido ao desaparecimento de terras, de habitats de muitas espécies e até da transferência de populações inteiras para outras terras. É hoje cada vez mais difícil a construção de novas centrais hidroelétricas de grande porte, designadas de grande hídrica, na casa das centenas de MW (megawatts). Contudo, existe ainda um grande potencial de aproveitamento de pequenas centrais hidroelétricas (designadas por mini-hídricas), cujas potências podem variar entre as dezenas de kW (quilowatts) até aos 10 MW (megawatts). As centrais mini-hídricas têm um impacto ambiental muito menor, pois aproveitam quedas d’água já existentes, respeitando assim a morfologia do terreno e destruindo menos a natureza.

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